14 outubro 2008

manter a vida colorida


Há em mim, neste momento, uma necessidade imensa em restituir a cor à minha vida. Preciso dela para manter a harmonia familiar, a alegria disfarçada com a minha filha, com os amigos e com quem trabalho. Conservar o sorriso, paralelo à dor constante, e que, hoje tentei inconscientemente quando olhei para aquela camisa cor de sangue que me piscou o olho de dentro do armário. Vesti-a. Não gostei quando me olhei ao espelho, voltei a colocá-la no seu lugar, sem sequer pensar porque o fazia. Aquilo que sentimos no nosso coração não é de todo obrigatório que seja coincidente com o que vestimos ou dizemos, nem ninguém nos pode julgar por quaisquer atitudes que possamos ter. Aquela camisa ainda vai ter de esperar uns tempos pelo meu corpo. E como é de linho bem pode esperar... Não quer dizer por isso que não haja outra, mais Outonal. Afinal a minha Mãe era a boa disposição em pessoa, irradiava alegria e todos os que a rodeavam se sentiam felizes duma maneira quase indescritível!  (Fico à espera de alguém que a descreva por mim...).
Quando comecei há pouco pela minha ronda nocturna nos blogs não tinha qualquer intenção de comentar um deles, nem sequer escrever um post como este que já vai longo para o que me é habitual. Mas não resisti em depositar um pouco de cor na minha vida e distanciar-me destes tons que me têm rodeado nos últimos posts. Neste terreno cinzento imenso onde me encontro quero encontrar um pouco de cor. Da vossa cor. Da cor de todos aqueles que me têm ajudado, os que por aqui vão passando e principalmente aqueles que nem sabem que este meu espaço existe...



16 comentários:

Mary Mary disse...

Se eu pudesse punha agora um arco-íris gigante no céu só para ti! Punha luzes néon nele para ficar iluminado à noite também! Para quando fosses à janela pudesses vê-lo!

Um beijinho do tamanho do mundo!

Tiago Taron disse...

Cara Curiosa, porque um dia reparas-te nas minhas cores, ainda que eventualmente tristes, aqui vai o endereço do lugar onde as tenho "postado", na esperança de que essas cores também te sirvam. Quanto à camisa, será vestida quando deixar de parecer côr de sangue, mas côr de outra coisa qualquer.

Tiago Taron disse...

www.albaatroz.wordpress.com (equeci-me de o mencionar no post anterior).

pensamentosametro disse...

Perdeste tanto que tens direito a usar todas as cores. Usa e abusa. Gostava de te dizer que vai deixar de doer, mas não vai a dor apenas toma outras formas, por isso toca a vestir-lhe a cor, puxa pelas memórias boas, só por essas.


Bjos


Tita

m disse...

Peço desculpa por este descaramento em vir comentar sem sequer nos conhecermos, mas vim mandar um grande beijinho e um grande sorriso! :)

Força!

Anónimo disse...

O tempo te dará as cores de volta. Só não sei quanto tempo esse tempo dura, mas elas aparecerão :-)

Beijo e um xi apetadinho!

as velas ardem ate ao fim disse...

Deixo te um bjinho

Gi disse...

O que a Tita diz é o que eu penso;
Mas tu até sabes disso.
Beijinhos.

katiuska disse...

eu empresto-te os meus lápis de cor e um sorriso enorme.
C

pinky disse...

sabes, cada vez mais penso que descrever a tua mãe seria quase o mesmo que descrever-te a ti! De tudo o que me foi dado a conhecer, acho que a tua mãe teria a mesma postura que tens.
Mas para os amigos não te tens que pintar de cores se o que sentes é escuro e cinzento, deixa sim os amigos pintarem-te a vida, colorirem-te a alma, a cor parte de dentro para fora, e tenho a certeza que tal como o cizento e o negro neste momento fazem parte de ti, as restantes cores muito em breve se lhes irão juntar! grandes beijos de quem te adora muito!

Mr X disse...

Ó quiduxa, toda tu és um arco-iris. Não precisas de cores externas para nada.

r disse...

o teu blogue é mais um diário, não é? Alivia-te que os outros saibam os teus problemas? Fazes bem. afinal só o lê quem quer e isso é mérito teu, desde que ninguém te vá cobrar por ouvir, ou melhor, ler.

as velas ardem ate ao fim disse...

Se pudesse dava te um pouco de amarelo para construires o arco iris.

um bjo

T disse...

Querida Curiosa:

Sei tão bem como é e o que doí. Mas as cores estão à tua volta, como ela gostaria que estivessem.
Quem senão a nossa mãe nos quereria felizes?
Um grande abraço. Gosto muito de ti.

Vera disse...

Estou à espera de te ver nos meus seguidores e na tua lista de links ;)!
Toma um bocadinho do amarelo que hoje pus em cima de mim para me obrigar a ter cor!
beijos

redonda disse...

Gostei muito deste texto. Cor e esperança.