ANTES O VÔO da ave, que passa e não deixa rasto,
Que a passagem do animal, que fica lembrada no chão.
A ave passa e esquece, e assim deve ser.
O animal, onde já não está e por isso de nada serve,
Mostra que já esteve, o que não serve para nada
A recordação é uma traição à Natureza,
Porque a Natureza de ontem não é Natureza.
O que foi não é nada, e lembrar é não ver.
Passa, ave, passa, e ensina-me a passar!
Fernando Pessoa
Que a passagem do animal, que fica lembrada no chão.
A ave passa e esquece, e assim deve ser.
O animal, onde já não está e por isso de nada serve,
Mostra que já esteve, o que não serve para nada
A recordação é uma traição à Natureza,
Porque a Natureza de ontem não é Natureza.
O que foi não é nada, e lembrar é não ver.
Passa, ave, passa, e ensina-me a passar!
Fernando Pessoa
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5 comentários:
Passei aqui , li mas não me ocorre nada porque não gosto de poesia, desejo- te então boa semana, beijinhos
lindoooooo! maravilhosas imagens
;-) kiss kiss
Tive que reler 2 ou 3 vezes para apanhar a cena.
Talvez por não ser um poema fácil, talvez eu seja um bocadinho tótó nestas questões poéticas e pode também ser culpa de uma cena que acabei de fumar mesmo agora...
Canjinha de pombo é um mimo!
\m/
É escusado, seremos sempre uns animais! :-)
Os nossos blogs andam em sintonia lol
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